ESR Eduardo Martinez – Londres e Bristol: A Tale of Two Cities

É curioso pensar que nossas maiores aventuras podem começar com singelos passos. Para meu intercâmbio, foi uma conversa de corredor da universidade de engenharia, em que amigos falavam sobre um novo programa estudantil, um tal de Ciência sem Fronteiras. Hoje, três anos depois, noto o quanto eu era ingênuo a respeito de tudo o que viria pela frente, as conquistas e os aprendizados do meu ano fora.

Escolher a Universidade não foi fácil. Pesquisei rankings de qualidade acadêmica como o do Guardian, e rankings de vida estudantil como o do Telegraph; cidades e seus custos de vida e atrativos; e conversei com pessoas que moraram no UK e podiam dar dicas por experiência própria. Optei pela universidade Queen Mary em Londres para minha primeira opção, pela cidade e a estrutura do campus, e por mais que eu reconheça que as outras opções trariam cada uma suas vantagens (Loughborough University, University of Bath), fico muito feliz de ter sido aceito pela QMUL.

Meus treze meses no UK foram lotados de experiências. Estudei, socializei e viajei muito. Me apaixonei por Londres, sua multiculturalidade, história, ritmo. Para mim considero-a o centro do mundo: Um hub para o Reino Unido, Europa e tudo o mais, a um trajeto de ônibus, trem ou avião até lugares variados, desde Cardiff ou Manchester até Praga, Bruxelas ou além. Trabalhei muito para conseguir um estágio de verão na indústria (um post sobre dicas e desafios quanto à busca de estágios será postada por mim no blog em julho), e para minha surpresa, mudando-me para outra cidade no UK, Bristol, para meu estágio junto a uma fabricante de válvulas solenoides, descobri meu coração dividido. Enquanto Londres era agito, Bristol era calmaria; amei igualmente os metrôs, museus e pubs londrinos, sempre lotados, quanto as ruas bristolianas, seus cafés na beira do canal, festivais de verão e bicicletas.

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Tower Bridge de Londres (topo), e Ponte Suspensa de Bristol, símbolos de cada cidade. Engenheiro é assim, lembra da cidade pela ponte :).

Para resumir minhas experiências, gostaria de repetir um discurso que dei pela primeira vez para os alunos intercambistas novatos de 2013 na Queen Mary, University of London, em meu cargo de ex-estudante embaixador. Devido ao tempo, feliz ou infelizmente parte do discurso mudou, porém de qualquer maneira, seguem minhas quatro maiores conquistas durante meu ano fora, em ordem crescente de importância, que servem como medida do potencial de um intercâmbio para a vida de estudantes:

1 – Aprendi muito. Pude estudar disciplinas inexistentes no meu curso de engenharia mecânica do Brasil, como projeto de segurança veicular. Também tornei-me fluente em inglês e espanhol pela vivência com estrangeiros, e estudei chinês (hoje já abandonado). E os aprendizados se estendem para também história, geopolítica, culturalidade: Não há como um livro ensine tão bem o que se aprende caminhando pelas ruas de Berlim pós-muro, ou navegando pelo Tâmisa.

2 – Vivenciei muito em meio à uma rotina laboral britânica: Aprendi sobre meus desejos e aspirações profissionais para o futuro, e sobre estilos de trabalho alternativos.

3 – Fiz amigos que mantive e manterei por toda a vida, de diversas nacionalidades. Pessoas que são como família, e por quem guardo muito carinho.

4 – Tive todos os tipos de amores – românticos, platônicos e de fortes amizades. Com eles aproveitei muito, e levo para sempre uma paixão enorme, principalmente pelo país UK e sua cultura, com a qual me identifico.

Espero que você também aproveite a sua experiência como eu pude aproveitar a minha. Levando muito a sério as escolhas que fará, seus estudos e sua dedicação, tenho certeza de que terá uma história fantástica para contar. Para mais informações junto à minha universidade Queen Mary e para interessados em aplicar especificamente para ela visite minha página de Alumni Ambassador. Valeu, até a próxima 🙂 !

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